Cannelé é uma das melhores coisas da pâtisserie francesa que já comi. O doce tem sua raiz em Bordeaux, e sua ligação com a história da região é muito forte.
Dizem que a receita é do século XVIII. Nas vinícolas, os vinhos eram filtrados, em suas cuvas, por um método chamado collage, que utiliza as claras de ovo como um filtro: elas são colocadas por cima do vinho e com seu peso vão descendo, trazendo junto as impurezas que ainda estão no vinho. E as gemas eram separadas das claras e doadas aos conventos. Que faziam? Cannelé!
Cannelé Bordelais
(livro Tout petits cannelés & financiers)
- 250ml de leite integral
- 1 ovo + 1 gema
- 50g de farinha
- 25g de manteiga
- 125g de açúcar
- 1 fava de baunilha
- 50ml de rum escuro
O leite
Ferver o leite, manteiga e fava de baunilha aberta ao meio e raspada por dentro. Deixar amornar.
A massa
Em um bowl, misturar a farinha e açúcar. Fazer um buraco no meio e juntar o ovo inteiro, a gema e o rum. Misturar enérgicamente com um fouet.
Colocar em seguida o leite acima, coado. Misturar novamente de forma a obter uma massa homogênea, sem caroços, como uma massa de crepe.
Passar a massa para uma jarra e deixar reposar 24hs na geladeira.
Assar
No dia seguinte, esquentar o forno a 210 graus. Tirar a jarra da geladeira e misturar. Pegar a forma de cannelé (se for de silicone, sobre um tabuleiro) e encher, deixando borda de meio centímetro.
Colocar no forno por 40-45 minutos, mais 5 a 10 minutos se quiser mais caramelizado. Desenformar os cannelés ainda quentes e deixar sobre grade para esfriar. Guardar na temperatura ambiente.
Se sobrar para o dia seguinte, os conservar em uma caixa hermética e reaquecer em forno quente a 200 graus por 5 minutos para ficarem crocantes.
Comentários
Postar um comentário
Deixe seu comentário, dúvidas ou recados para mim.
Eles são lidos antes de publicados. Obrigada.